Castração – É uma boa ideia?
Muitas pessoas ficam em dúvida com relação a submeter seus cães a este procedimento, pois ainda existem muitos mitos que são admitidos como verdade.
O que mais se fala é que os animais castrados engordam, perdem a energia e a vivacidade. O aumento de peso realmente pode acontecer, caso o animal não tenha um controle alimentar. Mas isso não ocorrerá se ele receber uma dieta adequada e tiver uma rotina de exercícios.
O comportamento do cão, com relação à sua alegria e vontade de brincar, não muda. Inclusive o instinto dos cães de guarda em nada é alterado.
Muitas pessoas dizem também, que as fêmeas precisam ter ao menos uma cria, para que não tenham tumores de mama e infecções no útero. E que os machos precisam cruzar para se acalmar!
Ambas as afirmações são infundadas e não condizem com a realidade.

O que muda, então?
Nos machos, comportamentos como agressividade, dominância, micção para demarcação de território, tentativa de cópula com “alvos indesejados” (almofadas, brinquedos, visitas…) podem desaparecer ou se tornar menos frequentes, principalmente se a castração for feita nos cães ainda jovens.
Já nas fêmeas, a oscilação comportamental, que acontece no período do cio, manifestada muitas vezes como irritabilidade e agressividade desaparece, já que elas não terão mais ciclo reprodutivo.
Esses seriam os aspectos comportamentais, mas, além disso, a castração colabora na prevenção de doenças diretamente relacionadas ao sistema reprodutivo ou estimuladas pelos hormônios que ele produz. Nos machos, diminui a incidência de doenças e tumores na próstata. Nas fêmeas a castração previne o aparecimento de tumores de mama, de infecções uterinas, de gestação psicológica (pseudociese).
Além de prevenir em ambos os sexos, que os animais possam procriar, evitando assim, o nascimento de ninhadas indesejadas.
A castração é indicada para diversos fins e seu risco é pequeno, quando comparado aos benefícios preventivos e terapêuticos. Mas, mesmo sendo uma intervenção cirúrgica simples, precisa ser sempre realizada por um medico veterinário.
Assim sendo, será possível usufruir de todos os benefícios deste procedimento, que inclui o prolongamento e a melhora da qualidade de vida dos nossos melhores amigos.
Cães e bebês – Esta combinação pode dar certo!
Muitas vezes vemos casais que não tem filhos tratarem seus cães como verdadeiras crianças, dando-lhes muito amor, carinho, brinquedos e quando vem o bebê resolverem se desfazer do cão, por acharem que o contato entre ambos seria anti - higiênico ou por não terem mais tempo disponível para o animal.
Não devemos comprar um cãozinho porque ele é um filhote fofo e irresistível, temos que pensar que ele será nosso companheiro por aproximadamente 14 anos e que muita coisa na nossa vida pode mudar durante este período, inclusive o nascimento de filhos.
É totalmente possível e pode se tornar uma realidade maravilhosa o relacionamento entre cães e bebês. Mas para isso, o cão precisa ser preparado aos poucos com relação às mudanças que ocorrerão com a vinda do bebê. Tudo que irá acontecer quando o novo membro da família chegar deverá ser antecipado, como por exemplo, se o cão não poderá mais entrar no quarto que será da criança, deverá ser proibida a sua entrada antes da chegada do mesmo a casa. As atenções dadas ao cão devem ser diminuídas antes do nascimento do bebê, para que o cão não faça nenhuma associação negativa com ele.
O cão só poderá fazer associações positivas com a criança e para isso deverá receber carinho e petiscos toda vez que estiver próximo ao bebê. Da mesma forma, quando o bebê for sair para passear de carrinho, o cachorro deverá ser levado junto.
Agindo assim, o cão vai entender que foi muito vantajosa para ele esta mudança na vida da família e passará a aceitar e a gostar do bebê.
Da mesma forma, à medida que os bebês vão crescendo, eles devem ser ensinados como deve ser a maneira correta de se tratar um cão, nunca o machucando e assim o vínculo de amizade e companheirismo irá se formando gradativamente. Porém crianças pequenas não devem ser deixadas sozinhas com um cachorro, não importando qual seja o porte do mesmo.
Cão e automóvel – Seu cão gosta de andar de carro?
Muitos cães andam de carro, seja para ir ao pet shop, ao veterinário ou simplesmente para acompanhar sua “família” em um passeio ou viagem. E a grande maioria dos cães ama estarem dentro de um carro! Você sabe por quê? Os cães são animais sociais, que se sentem bem em grupo e que gostam de se abrigar em tocas. Portanto o carro para eles é a “toca do grupo” e estar dentro dela é uma garantia de fazer parte integrante do mesmo. Além disso, quando o cão é levado de carro para lugares agradáveis, como a uma chácara, sítio, parque ou à casa de alguém que o cão goste, ele passa a fazer associações positivas com relação ao carro e gostar cada vez mais deste fabuloso meio de transporte. Porém, há uma pequena parcela de cães que não gosta de passear de carro. Isso acontece quando o automóvel é associado a coisas ruins, principalmente a medo e a enjôo. O medo pode acontecer devido ao barulho de caminhões, motos ou mesmo de outros carros que passam ao lado do cão e também quando o destino não é prazeroso. Alguns cães somente são colocados no carro para irem ao veterinário, o que normalmente não é nada agradável para eles. Ao sentir enjôo, devido ao balanço e movimento do carro, o cão passa a ter uma associação negativa com o automóvel e quando isso acontece, ele pode começar a sentir enjôo mesmo antes de o carro começar a se mover.
Assim como transportar crianças de maneira inadequada pode ser perigoso, acidentes podem acontecer devido à presença de cães no carro, como cão que pula pela janela do veículo ou que é arremessado pela mesma devido a uma freada brusca, cão que ataca pedestre ou motorista que bate o carro porque o cão o atrapalhou.
A melhor maneira de evitar acidentes é deixar o cão contido, de modo que não possa circular de um lado para o outro no interior do veículo, nem se “pendurar” pela janela. Levá-lo dentro de uma caixa de transporte ou preso em um cinto de segurança próprio para cães são ótimas maneiras de transportá-lo.
Em nossa opinião é muito importante levar o seu melhor amigo junto com você para todos os locais em que ele puder te acompanhar, sendo o carro uma ótima oportunidade para desfrutar da companhia do cão e de ter a disciplina e os limites bem presentes.
Qual é a idade certa para se iniciar o adestramento de um cão?
Muitas pessoas acham que o cão precisa ter seis meses para que se possa iniciar o seu processo de adestramento e com esta espera se perde o melhor e mais importante período do aprendizado, em que o cérebro está mais receptivo para absorver informações e fazer associações.
Os cães estão sempre aprendendo conosco e com o ambiente, independente de termos consciência disto. Portanto devemos buscar o conhecimento, entendendo como funciona a linguagem canina para conseguirmos ter êxito na educação do nosso cão. É fundamental que o cão receba uma boa educação na infância, para que sejam evitados problemas na vida adulta. Isso não significa que cães adultos não possam mais ser adestrados, pois sempre é tempo para se ensinar bons comportamentos a um cão, mas que existem algumas vantagens quando se inicia a educação nos primeiros meses de vida.
O filhote costuma ser mais guloso que o adulto, o que facilita o adestramento por reforço positivo, ou seja, associar a obediência com coisas boas, como a própria ração ou petiscos. Embora o filhote possa ser mais ou menos dominante, raramente deixa de obedecer em troca de algum brinquedo ou comida, o que muitas vezes pode não acontecer com cães adultos.
Cães que aprendem cedo a obedecer e a respeitar limites dificilmente se tornarão agressivos com seus donos.
Outro aspecto que não pode ser desconsiderado é que geralmente os proprietários de cães estão muito mais empolgados e dedicados, quando estes ainda são filhotes, fato que deve ser aproveitado para se iniciar o adestramento e construir vínculos sólidos que garantirão a boa convivência do cão com a sua família humana, pois um cão que obedece a comandos, entende e respeita limites, consegue se inserir de forma harmônica no contexto em que vive.
Seu cão pula em você? Saiba como resolver este problema
Você já reparou que a maioria dos cães tem o hábito de pular nas pessoas? Por que será que eles fazem isso? Será que, inconscientemente, nós não os treinamos para terem esta atitude?
Inicialmente quando são filhotes eles pulam nas pernas das pessoas para conseguir algum tipo de interação, como receber carinho, serem pegos no colo, e percebem que funciona, pois eles conseguem aquilo que querem. Como os cães aprendem por associação, eles logo entendem que quando pulam conseguem chamar a nossa atenção para eles.
Mas o filhote começa a crescer, a ficar mais forte e mais pesado podendo machucar e sujar as pessoas quando pulam nelas. Então é neste momento que a atitude do cão passa a incomodar a sua família e as pessoas passam a não querer que o cão aja da maneira que ele foi “treinado” por elas mesmas.

O que fazer então?
Uma das maneiras que temos para mostrar a um cão que não estamos gostando daquilo que ele está fazendo é ignorar o seu comportamento. Portanto devemos cruzar os braços e virar de costas quando o cão pular. Mas também temos que mostrar-lhe qual é a atitude correta que esperamos dele, portanto devemos agradá-lo quando ele se aproximar de nós e se mantiver com as quatro patas no chão. Nunca devemos dar bronca no cão quando ele pular, pois os cães muitas vezes entendem as broncas como uma forma de atenção, sentindo-se recompensado ao recebê-las e portanto mantendo o comportamento que queremos eliminar. Podemos também ensinar o comando “senta” e mostrar a ele que somente quando ele estiver nesta posição ele receberá carinho.
Muitas vezes cães que recebem pouco estímulo físico e mental adotam este tipo de atitude como forma de extravasar a ansiedade e o stress, o que não é positivo. Devemos exercitá-lo através de caminhadas e brincadeiras para que eles tenham um nível de energia mais baixo e possam compreender de uma maneira mais fácil aquilo que queremos lhes transmitir. Somente conseguiremos modificar um comportamento que não queremos que um cão execute, quando conseguirmos compreender porque eles realizam tal atitude e atuarmos resolvendo a causa do problema.
AGILITY: saúde, diversão e bom comportamento para você e o seu melhor amigo
Os cães, assim como os seres humanos, precisam de exercício para manter a boa forma física e mental, para serem saudáveis e no caso dos primeiros, para terem um bom comportamento.
O agility é um esporte canino, que foi idealizado com base nas provas do hipismo. O desafio está em o cão transpor diversos obstáculos, que exigem habilidades diferentes, no menor tempo possível e com o menor número de faltas. A sequência de obstáculos não é fixa e o cão só fica sabendo qual será o obstáculo seguinte, após ter passado pelo anterior.
Com a prática do agility o cão consegue uma excelente condição cardiorrespiratória, além de desenvolver habilidades mentais e um bom comportamento. O parceiro humano também é favorecido pela prática do agility. Faz exercício e descarrega o stress, enquanto acompanha o cão para incentivá-lo e orientá-lo. O aumento da cumplicidade e da confiança entre o cão e o seu dono é obtido com a prática desse esporte que ocorre em um ambiente de “festa”, no qual o dono estimula o cão com palavras de incentivo, lhe dando confiança para ultrapassar os obstáculos e o premiando quando acerta. Então, uma profunda ligação entre ambos é estabelecida neste processo. Além disso, o agility também influi positivamente para o bom comportamento em casa, devido ao gasto de energia e aos estímulos mentais que proporciona.
Cães de qualquer raça ou sem raça definida podem praticar este esporte, pois grande parte das limitações de um cão, seja por ser muito grande ou estar com sobrepeso, pode ser contornada com ajustes no ritmo dos exercícios ou do tipo e altura de obstáculo utilizado no circuito. Cães e proprietários de qualquer idade podem praticar agility, desde que estejam fisicamente aptos para realizar exercícios.
A prática deste esporte tem crescido muito no Brasil, pois além de ser uma forma prazerosa de adestramento, é um ótimo exercício para os cães e seus proprietários.
Nunca devemos bater no cão
Nunca devemos bater no cão? Nem se ele fizer algo muito grave, como atacar os próprios familiares da casa? Bater no cão não é uma maneira de educá-lo? Ou de nada adianta bater?
Na minha opinião nunca devemos bater em animal algum, nem que seja com o intuito de educá-lo. Esta forma de agir pode ocasionar distúrbios psicológicos no cão como medo, insegurança e agressividade. Além de criar um relacionamento baseado no temor e não na confiança e no respeito.
Diversos cães reagem agressivamente ao perceber que alguém irá atacá-los podendo tornar-se extremamente perigosos. Cães que apanham passam a temer movimentos bruscos podendo atacar uma criança que esteja indo abraçá-lo, por exemplo. Também é relativamente fácil machucar um cão quando se bate nele. Quando se está com raiva, a tendência é bater mais forte, o que aumenta ainda mais a possibilidade de exageros.
Nesta relação homem-animal, nós somos os mais inteligentes, portanto devemos utilizar técnicas que demonstrem isso. Na maioria das vezes podemos recompensar os comportamentos corretos em vez de punir os errados, motivando o cão a acertar e exercitando a nossa capacidade de perceber e recompensar as coisas certas ao invés de focar sempre no que está errado. Um exemplo muito claro disso são as várias pessoas que nos procuram dizendo que seus cãezinhos não aprendem a fazer as necessidades no local correto. Quando pergunto a elas o que estão fazendo para que eles consigam este aprendizado, a grande maioria me responde que dá bronca, bate no cão... Mas ninguém nunca me respondeu que recompensa seu cão quando ele faz xixi ou cocô no local certo. E quando estas pessoas são orientadas a agirem desta maneira, o resultado aparece rapidamente.
Quando se utiliza estímulos positivos e recompensas, o cão desenvolve gosto por aprender e se torna mais espontâneo.
Mas mesmo adotando uma forma de aprendizado mais agradável e recompensadora é importante saber estabelecer limites para impedir que certos comportamentos perigosos ou desagradáveis se desenvolvam.
Felizmente consegue-se este objetivo sem ser necessário bater no cão ou machucá-lo. Entendo que quem se dispõe a ter um cão deve aprender as técnicas adequadas para conseguir educá-lo e poder desfrutar de uma convivência extremamente agradável e feliz.
O seu cão come cocô?
Apesar de ser relativamente comum que os cães comam fezes, seus donos ficam horrorizados com isso, preocupados e com muito nojo. Mas, para o cão, as fezes podem ser saborosas ou divertidas, ajudar a descarregar a ansiedade ou servir para chamar a atenção. Muitas vezes eles as comem para se livrar do objeto que os faz levar bronca, quando eles fazem as necessidades no local errado. Existem várias causas que podem levar os cães a ingerir fezes, então devemos conhecê-las para podermos planejar uma estratégia que solucione o problema.

Fezes apetitosas
Por mais incrível e nojento que possa parecer é comum que os cães gostem do sabor de algumas fezes. Muitas vezes eles adoram comer fezes de cavalo, de gato ou as deles mesmos. Colocar um produto com gosto que desagrade o cão e não seja tóxico sobre as fezes é uma alternativa que pode fazê-lo desistir de querer comê-las. Além de manter sempre limpo o local, que é usado como banheiro pelo cão.

Por brincadeira
Muitos cães ao se sentirem entediados resolvem brincar com as próprias fezes e muitas vezes ingerem parte delas. Isto acontece mais frequentemente quando o cãozinho fica fechado em local pequeno, sem companhia e sem ter o que fazer. É bastante importante realizar brincadeiras e caminhadas com o cão, para que ele esteja cansado nos momentos em que precisar ficar sozinho. Além de deixar disponível para o cão brinquedos e ossinhos nestes momentos de solidão.

Por ansiedade
Alguns cães apresentam um problema psicológico denominado de ansiedade de separação quando ficam sozinhos e devido ao stress passam a comer cocô. Para estes casos devemos tratar a ansiedade, realizar caminhadas e brincadeiras deixando o cão sozinho, mas cansado.

Por imitação e por não saber o local correto para fazer as suas necessidades
Muitas vezes o filhote após levar bronca por ter feito cocô no lugar errado passa a ingerir as próprias fezes. Para ensinar corretamente o cãozinho a fazer as suas necessidades no local que queremos, devemos ter paciência e nunca brigar com ele por tê-las feito no local errado. Devemos recolher as fezes sem que o filhote esteja presente e manter o ambiente sempre limpo.
Para se conseguir ter sucesso na resolução de um problema com seu cão, lembre-se que devemos ver as coisas do ponto de vista do cachorro e sempre ter muita paciência.
Por que os cães não gostam de ficar sozinhos?
O seu cão odeia ficar sozinho?
Saiba que ele não é o único, pois os cães são animais sociais e sofrem bastante se são deixados sozinhos por muitas horas. Em sua origem, os cães viviam em grupos, pois desta forma tinham maiores chances de sobreviver e este grupo estava sempre junto, seja nas caçadas ou em momentos de descanso.
Essa necessidade continua sendo herdada pelos cães, inclusive por aqueles que vivem no aconchego de um lar humano. Portanto, eles não foram “feitos” para ficar sozinhos. Eles necessitam basicamente de duas coisas para serem felizes e equilibrados: companhia e atividade. Muitas vezes, eles ganham caminhas lindíssimas, tomam banho toda semana, são enfeitados com laços e brilhos, mas ficam sozinhos uma grande parte do tempo e raramente se exercitam. Neste caso foram atendidas as necessidade do humano e não do animal.
Entretanto, a realidade é que a maioria dos cães tem que ficar sozinhos em um ou outro momento e dependendo da maneira como nos comportamos, isso pode ser totalmente tranqüilo para eles:
Não saia de casa se desculpando para o cão, preocupado ou ansioso, pois ele consegue perceber que algo está errado. O ideal é sair tranquilamente, sem despedidas. Ao chegar não faça “festa”, chegue relaxado, como se já tivesse visto o cão no minuto anterior. Não é fácil fazer isso, mas o seu cãozinho será muito beneficiado.
Não restrinja o espaço do seu cão quando você estiver ausente, pois sentir o cheiro do dono faz o cão se sentir melhor. Oferecer brinquedos, ossos, esconder petiscos pela casa para serem encontrados pelo cão na ausência dos proprietários ajuda a entretê-lo, a associar solidão com comportamentos prazerosos e a torná-lo menos ansioso. Muitas vezes as pessoas adquirem um cãozinho porque querem um companheiro para os momentos de solidão, mas se esquecem ou muitas vezes desconhecem que ele também precisa de companhia.
Ter um ou mais cães: Vantagens e Desvantagens
Quem consegue resistir a um cãozinho filhote?
Não importa qual seja a raça ou se não tem uma raça definida, mas todo filhotinho é muito fofo. E por este motivo, muitas pessoas levam para casa um cachorrinho, sem saber quais são as suas reais necessidades. Cães são animais sociais, precisando de companhia e correndo riscos de apresentarem algum problema de comportamento, caso fiquem sozinhos por muito tempo.
Então, ao se depararem com esta realidade, muitas pessoas optam por adquirir um segundo cão, para fazer companhia ao primeiro. Mas será que esta é a solução?
Vou assinalar abaixo algumas vantagens e desvantagens de se ter mais de um cão.

Vantagens:
- Um faz companhia para o outro, amenizando os momentos de solidão; cães se alimentam melhor quando estão junto com outros;
- Caso o primeiro seja velhinho, a chegada de um filhote pode torná-lo mais ativo, brincalhão e ter mais apetite;
- Tendo-se educado o primeiro cão será muito mais fácil de educar o segundo.

Desvantagens:
- Quanto mais cães houver, maior é a chance de ocorrerem brigas. O risco de um macho e uma fêmea brigarem é menor do que o de dois cães do mesmo sexo. Mas para evitar que eles se reproduzam, ao menos um deles deve ser castrado ou eles devem ser separados nos períodos de cio;
- Quando se tem mais de um cão, a competitividade entre eles pode ser comum. Eles podem competir pela atenção do dono, por brinquedos, por petiscos, o que pode levar à agressividade entre eles ou à hiperatividade; se o primeiro cão for velhinho, devemos repreender as brincadeiras indesejadas do filhote, garantindo momentos de sossego a ele.

Em minha opinião ter mais de um cão é tudo de bom! Desde que tenhamos tempo disponível para dar-lhes companhia e atividade, de que tenhamos um bom controle sobre eles e que saibamos escolher os cães que farão parte deste grupo.
O que fazer para que seu cão não seja agressivo?
Os cães podem expressar agressividade devido a vários motivos: medo, dor, dominância, proteção do território, posse de algum objeto ou alimento. O cão não deve ser agressivo com os membros da família que convivem com ele.

Para se conseguir isso, alguns cuidados se fazem necessários:
- Adquira um cão de um canil que se preocupe em selecionar os animais também pelo temperamento;
Se possível conheça os pais do filhote e observe como eles se comportam com crianças, com outros animais, com pessoas desconhecidas.
- Observe os filhotes da ninhada e veja como eles brincam entre si e como eles interagem com as pessoas. Muito do temperamento individual já fica evidente antes dos 50 dias de vida.
- Após escolhido o filhote é fundamental que ele seja muito bem socializado até os 3 meses de idade. Familiarizá-lo com pessoas, animais, barulhos, objetos diferentes é extremamente importante para que ele se torne confiante e psicologicamente sadio, não vindo posteriormente a apresentar agressividade por medo. Ao apresentá-lo a objetos, pessoas, animais, faça-o gradativamente, de forma que ele não fique com medo e que a experiência seja agradável. Neste momento dê a ele petiscos, carinho, brinquedos. Nunca aproxime do cão algo que ele tenha receio, ao contrário, espere pacientemente que o cão vá até o objeto.
- Mostre ao cão que ele só consegue o que quer, sendo obediente e cumprindo ordens. Sempre que ele quiser algo, seja petisco, carinho, algum brinquedo ou que você abra uma porta , peça-lhe antes algum comando como “senta”, “deita”, “a pata” e somente satisfaça a sua vontade se ele executar o que você pediu. - Ao receber visitas, não isole o seu cão, deixe que elas interajam com ele de forma positiva, podendo inclusive oferecer-lhe petiscos. - Seja carinhoso e recompense os comportamentos corretos do seu cão. Mantenha-se firme diante dos limites e não permita os comportamentos errados, principalmente de agressividade.

Pois, um cão dócil, tranqüilo e equilibrado é certeza de boa companhia.
Agressividade canina
Muitas pessoas têm uma idéia errada sobre a agressividade canina. Acreditam que cães de determinadas raças nunca se tornarão agressivos, que cães de outras raças sempre serão perigosos para as pessoas ou que um cão que é tratado só com amor e carinho jamais morderá ou será agressivo. Na verdade, as coisas não são tão simples assim...

De onde vem a agressividade
Para a maioria das espécies, a agressividade é fundamental. Fazem por meio dela, a defesa do território, de seus parceiros sexuais, dos filhotes, da comida e até da posição hierárquica. Na grande maioria dos animais o comportamento agressivo é inato, pelo menos em parte e pode aflorar somente em algumas situações ou fases da vida. É o caso dos cães que, na puberdade, começam a brigar com outros cães machos e dos filhotes que se tornam agressivos ao disputarem uma teta da mãe ou ao tentarem garantir que seu sono não seja perturbado pelos irmãozinhos.

Existem vários tipos de agressividade
Podemos dividir o comportamento agressivo em classes, para melhor entendê-lo e controlá-lo:
1 - Agressividade territorial: normalmente o cão fica mais agressivo no território dele, para defendê-lo. Muitos cães aceitam outros cães quando estão em espaço neutro, mas passam a atacá-lo se ele entrar no território deles.
2 - Agressividade possessiva: manifesta-se quando alguém se aproxima de um objeto, de um animal ou de uma pessoa de quem o cão tem “ciumes”. Ocorre por exemplo, quando ele está com algo que considera valioso, como um osso ou um brinquedo ou quando uma visita abraça ou cumprimenta o dono do cão.
3 - Agressividade por medo ou dor: às vezes para se defender, o cão acuado pode atacar ou se tornar ameaçador, mostrando os dentes e rosnando. Um cão com dor, por medo de que outro animal ou pessoa se aproveite dessa vulnerabilidade, tende a ser agressivo. Esse é o principal motivo que leva cães atropelados a atacar a pessoa que tenta socorrê-los.
4 - Agressividade por dominância: serve para mostrar quem manda. Costuma acontecer quando é questionada ou contrariada a dominância de um cão que se considera líder do grupo.

O modo como lidamos com o cão, influencia muito o comportamento dele. A boa educação pode controlar a tendência a uma agressividade maior e a má educação pode tornar perigoso um cão pouco agressivo.

Para controlar a agressividade dos nossos cães e evitar acidentes, muitas vezes graves, devemos estar ciente de que a educação correta envolve muito mais do que amor e carinho. Apesar de esses fatores serem bastante importantes no relacionamento entre o ser humano e os seus cães.
Como o cão enxerga?
Cães vêem o mundo de uma maneira bem diferente da nossa. De certo modo, é como se eles estivessem vivendo em um mundo paralelo ao nosso. Assim como percebem coisas que não temos a capacidade de notar, nós notamos coisas que eles não conseguem perceber.
Quando se fala de visão canina, logo vem a pergunta: a espécie enxerga em cores ou em preto e branco?
Hoje se sabe que eles enxergam em cores, mas não distinguem todas as cores como nós. A principal diferença é que os cães não conseguem distinguir o verde do vermelho. Uma distinção que os cães conseguem fazer bem é entre o azul e o verde. Bolinhas de cor azul são mais fáceis do cão buscar em gramados do que as vermelhas.
Em relação à visão noturna, os cães enxergam muito melhor do que nós no escuro, apesar de não conseguirem distinguir bem as cores. Pode-se dizer, portanto, que no escuro os cães enxergam em preto e branco. Essa habilidade é importantíssima para os animais que caçam no escuro, por dependerem basicamente da luz da lua e das estrelas. É o caso das matilhas de lobos e de cães, antes de terem sido domesticados.
Outro aspecto com relação à visão que eles mantêm das suas origens selvagens é o fato de que eles conseguem detectar muito mais facilmente algo em movimento do que parado, qualidade útil para perceber e perseguir a caça.
Graças a uma amplitude de visão bem maior que a nossa, os cães conseguem enxergar o que está atrás deles. Como eles têm olhos mais laterais que os nossos, conseguem enxergar uma área maior, característica que foi importante em suas origens, tanto para localizar presas como eventuais predadores. Essa maior amplitude visual, porém, varia de acordo com a raça, já que existem muitas diferenças morfológicas entre elas.
Portanto podemos afirmar que os cães não enxergam melhor ou pior do que nós, apenas de uma forma diferente.
Posse responsável - Você pratica?

Muito se tem falado sobre posse responsável nos últimos anos e muitas pessoas acham que a estão praticando, mas será que estão mesmo? A posse responsável começa quando a decisão de ter um animal em casa é tomada. Esta opção deve ser consciente, devendo-se considerar TODOS os aspectos que envolvem as necessidades deste animal e o tempo médio de vida do mesmo.

O direito de possuir um animal de estimação acarreta obrigações ao seu dono e esses deveres chama-se posse responsável, que em se tratando de um cachorro, na minha opinião, são:

  1. Nunca deixar o cão solto na rua, mantê-lo sempre no espaço da propriedade.
  2. Nunca deixar o cão preso em uma corrente, pois isso o deixa extremamente estressado.
  3. Caminhar com seu cão regularmente sempre com guia e coleira, pois isso é muito importante para ele.
  4. Cuidar da saúde física do seu cão, fornecendo-lhe abrigo, água e ração de boa qualidade. Mantê-lo com as vacinas, vermífugo e controle de pulgas e carrapatos em dia. Dar-lhe banho e escová-lo regularmente.
  5. Cuidar da saúde psicológica do seu cão, dando-lhe atenção, carinho e atividade. Não deixá-lo muitas horas sozinho.
  6. Procurar entender como funciona a psicologia dele para poder educá-lo da melhor maneira.
  7. Manter sempre limpo o ambiente em que o seu cão fica e na rua recolher sempre o cocô que ele fizer.
  8. Evitar crias indesejadas, sendo a castração a única maneira definitiva de evitar a procriação.

Ninguém é obrigado a ter um cão, mas a partir do momento em que leva um para casa, adquire algumas responsabilidades, que tornam o relacionamento ser humano-animal extremamente positivo e gratificante.

Por que é importante ensinar truques aos cães?

Muitas pessoas não vêem sentido em ensinar truques aos cães. Acham que truques são para serem apresentados em circo ou em demonstrações com cães, ou então, acham que estão maltratando-os ao pedirem que eles executem comandos. Quando se utiliza métodos de aprendizagem com reforço positivo para ensinar, onde o animal ao realizar o comando que queremos, recebe em troca petiscos,brinquedos ou carinho, ele tem verdadeiro prazer em querer aprender.

Vou tentar explicar a importância e as vantagens em se ter um cão que saiba fazer vários truques.

Melhora na comunicação entre o cão e seus donos

O cão percebe que nos comunicamos por meio de palavras e de sinais, passando a prestar mais atenção em nossa linguagem corporal e em nossa voz, na tentativa de entender aquilo que queremos. Ao aprender comandos com reforço positivo, ele começa a entender que pode realizar ações que são do nosso agrado e que o levam a merecer um petisco ou um brinquedo. Desta forma tornando-se cada vez mais educados e empenhados em fazer coisas que nos agradem.

Gera atividade para o cão

Todo cachorro foi desenvolvido para realizar uma atividade, ou seja, um tipo de trabalho e hoje se encontram “desempregados” nas residências. Isso gera stress e tédio, podendo o cão se tornar bagunceiro e destruidor devido ao acúmulo de energia, ocasionado pela falta de atividade. Portanto, devemos criar tarefas e estímulos para reduzir o “sedentarismo” e a ociosidade dos cães, sendo que a execução de truques e comandos são maneiras de aliviar esta situação.

Estímulo à obediência

Sempre que recompensamos o cão pela execução de um truque ou comando, estamos também recompensando a obediência. Então, obedecer se torna algo cada vez mais prazeroso e o cão vai se tornando gradualmente mais obediente. A realização de truques é também uma das melhores maneiras de mostrar liderança ao cão, pois ao realizar algo que queremos e ser recompensado, ele percebe que nós temos o controle de diversas coisas que são importantes para ele, como comida e brinquedos. Desta forma, sem qualquer violência mostramos para ele que estamos no comando.

Aumenta o controle do dono sobre o cão

Praticar truques pode ocupar o cão ou substituir os comportamentos considerados indesejáveis, como pular nas visitas, sair correndo quando abrimos o portão, ficar latindo para conseguir algo,etc. Desta forma,quando for receber uma pessoa em casa, você pode dar um comando como o “senta” e o “fica” e mostrar para o seu cão uma maneira mais eficaz de conseguir atenção e até um petisco ou então, quando abrir o portão de casa dizer o comando “espera” e evitar que o cão saia disparado pela rua, correndo o risco de ser atropelado ou de se perder.

Ter um cão como animal de estimação pode ser algo muito divertido e agradável, dependendo do tipo de interação que se tenha com ele e o fato dele saber truques pode facilitar e melhorar bastante este relacionamento.

E agora, seu cão já é medroso!

Nas edições anteriores, abordamos sobre a importância de se sociabilizar bem o filhote, para que ele não se torne um adulto medroso e qual é a maneira adequada de apresentá-lo ao mundo. Mas, se o seu cão já é adulto e você por desconhecimento não o sociabilizou adequadamente quando ele era um filhote ou se ele tem uma predisposição genética para ter medo e agora tornou-se um adulto medroso, nem tudo está perdido, pois sempre há o que fazer para melhorar um comportamento canino.

 

Como saber se o seu cão tem medo?

  • Frente a uma determinada situação ele abaixa o rabo, podendo colocá-lo entre as pernas, próximo ao abdômen;
  • Pode fugir, ou inclusive apresentar agressividade, avançando na pessoa ou objeto que está lhe provocando medo;
  • Pode apresentar respiração ofegante, agitação, tremores pelo corpo.

O que fazer se ele já apresenta alguns desses sintomas?

  • A primeira coisa a fazer é identificar as situações ou coisas que o seu cão tem medo, ou seja, frente ao que ele manifesta um ou mais dos sinais acima mencionados;
  • O mais comum é ele ter medo de pessoas desconhecidas, animais como cavalos, bois, ovelhas, ou até mesmo de outros cães, barulhos altos como fogos de artifício, trovões,motos,aspirador de pó, bicicletas, skates,caminhões, ônibus...
  • Feito este reconhecimento, deve-se então, iniciar o processo de desensibilização, ou seja gradativamente mostrar ao cão que aquilo que ele tem tanto medo, não oferece o menor perigo. Para isso, devemos associar o que o cão tem medo, com algo que ele goste muito como petiscos, guloseimas, brinquedos e carinho. Mas nunca devemos acariciar um cão que esteja apresentando sinais de medo, nem tentar acalmá-lo falando com voz suave, nem abaixar-se ficando no mesmo nível que ele, pois com isso estaremos mostrando ao cão, que nós também estamos com medo. A maneira correta é ficarmos com o corpo ereto, mantermos o cão a uma distância em que ele se sinta tranqüilo, frente àquilo que lhe assusta e aí então, brincarmos com ele, fazermos carinho, darmos-lhe petiscos, para que ele faça a associação adequada. Aos poucos, vamos tentando com que o cão se aproxime daquilo que ele tem receio e nunca o contrário, ou seja, nunca colocar perto do cão uma coisa que lhe provoque medo, pois é ele que deve se sentir seguro para se aproximar gradativamente daquilo que lhe provoca medo.

Com relação ao barulho de fogos de artifício e trovões, existem CDs específicos para realizar este trabalho de desensibilização, com resultados surpreendentes. Saiba que nunca é tarde para iniciar um treinamento e que apesar dele sempre exigir muita paciência e dedicação, os resultados superam em muito todo o trabalho.

Como dizer “não” ao cão que implora por comida?

Com olhares, latidos, cutucões, o cão implora por comida. O dono cede e assim muitos cães conseguem ganhar comida adicional à ração que recebem podendo, a médio prazo, levar a vários problemas de saúde devido ao acúmulo de calorias.

Quem costuma atender aos olhares “pidões” do cão e quer acabar com isso, precisa ter determinação. Em primeiro lugar é fundamental querer mudar esse hábito e estar disposto a ignorar os pedidos de comida extra feitos pelo cão.

O cão pede porque aprendeu que os pedidos dão resultado e ele consegue o que quer.

Estar permanentemente em busca de comida é uma atitude normal dos cães, herdada de seus ancestrais na luta pela sobrevivência na vida selvagem, o que não significa que necessariamente eles estejam com fome.

O cão irá demorar um tempo para perceber que as regras mudaram e, portanto ele não receberá mais comida, utilizando-se dos artifícios que ele costumava usar antes. Então ele testará todas as maneiras possíveis para voltar a ganhar comida, implorará com mais ênfase, latirá mais, cutucará mais. Essa intensificação do comportamento antes de desistir dele é conhecida como “explosão de extinção” e voltar a dar alimento nesse período o reforçará ainda mais, ou seja, o cão entenderá que a nova regra para ganhar comida é ser mais insistente.

A maneira correta de mostrar ao cão que ele não ganhará mais comida fora do seu horário de refeição é deixando de dar atenção aos seus pedidos, não olhando, falando, nem tocando nele nos momentos em que estiver implorando.

Se o cão for inconveniente demais, a ponto de não poder ser ignorado, pode-se criar uma associação negativa, dando-lhe um susto com um som forte e desagradável ou com um jato d’água no focinho no momento exato em que ele inicia o pedido por comida. Com o passar do tempo, o cão perceberá que receberá alimento nos horários pré determinados, parando de insistir para receber comida extra e com isso, terá uma vida mais saudável tanto física quanto psicologicamente.

Seu cão late demais? Saiba como proceder para que ele lata menos.

Latir é um dos artifícios que o cão possui para conseguir comunicar-se.

Geralmente os proprietários que menos gostam dos latidos do seu cão, são os que mais o estimulam a ter este comportamento. Os cães aprendem por associação, então quando eles querem alguma coisa, latem e você atende, eles entendem que é assim que as coisas funcionam, ou seja, que eles conseguiram o que queriam porque latiram. Por exemplo, quando você chega em casa, o seu cachorro quer a sua atenção, late, grita, pula e você o agrada, ele, por associação, aprende que precisa latir e pular para ganhar carinho. Então, para resolver um problema imediato, as pessoas acabam “treinando” seus cães a latirem cada vez mais.

A situação costuma piorar quando os donos, diante dos latidos, não satisfazem a vontade do cão. Ele não consegue o que quer e passa a latir mais alto e mais vezes. E nessa disputa, vence o mais persistente. Nem é preciso dizer que, quase sempre, o vencedor é o cão...

Quando isso acontece, ele aprende não só que consegue o que quer, latindo, mas que não deve desistir facilmente e que latidos mais altos e mais intensos produzem resultados ainda melhores sobre os seres humanos!

Então, o que fazer?

É essencial que o cão não consiga o que deseja quando está latindo. A vontade dele nunca deve ser satisfeita enquanto faz algo considerado errado. Procure, sempre que possível recompensar os comportamentos corretos. Isso inclui não latir. Crie situações em que o cão normalmente latiria como, por exemplo, tocar a campainha da porta, e recompense-o com um petisco se ele não latir.

Use sempre algum comando que ele conheça, antes de lhe dar algo que ele deseja, como petisco, carinho, brinquedo. Procedendo desta maneira, você está ensinando o seu cão que latir não funciona e que ele pode conseguir o que quer estando calmo e comportado. Cães sem atividade tendem a desenvolver muito mais problemas comportamentais, inclusive latir em excesso. Exercitar seu cão diariamente com caminhadas, brincadeiras são excelentes para fornecer vários estímulos visuais, olfativos e auditivos, além da atividade ser feita em companhia do dono, o que também é muito importante para os cães.

Cães e jardim – Essa combinação pode dar certo

O seu cão já fez buracos no gramado? Já cavou dentro de vasos? Já destruiu algumas plantas?

Quando temos um cão, a primeira coisa que devemos pensar é que devemos nos esforçar em ver as coisas como ele enxerga, para que possamos entendê-lo e discipliná-lo, pois o contrário não acontecerá, ou seja, o seu cão nunca conseguirá entender que você ama o seu jardim, que as plantas servem para enfeitar a sua casa, que aquele vaso lindo você ganhou de presente...

Dependendo do nível de energia que o seu cão possui e da idade do mesmo, caso as suas necessidades de atividade e de companhia não sejam atendidas, ele irá procurar algo para fazer e se não houver outra opção, o alvo poderá ser o seu jardim.

A maioria das raças de cães foi selecionada com o passar do tempo para realizar um trabalho, como caçar correr, nadar e hoje encontram – se “desempregados” nos pátios das residências e a maioria das vezes sozinhas, pois seus donos não dispõem de tempo para eles. Então o que fazer?

Eu aconselho sempre, agir nos dois lados do problema, ou seja, no cão e no jardim.

Como já foi dito, tentar entender o cão e realizar caminhadas diárias com o cachorro, para que ele possa gastar energia e perceber que o mundo não se limita à sua casa e às pessoas com que ele convive. Nessa caminhada, o cão tem que perceber que é você quem está no comando. Outra atividade que se pode fazer com o cão é jogar uma bolinha, para que ele busque e nos devolva, com isso ele também irá gastar energia e um cão cansado não terá disposição para destruir nada.

Enquanto o cão estiver sozinho deixe com ele alguns brinquedos para que ele possa roer. Brinquedos ocupacionais são interessantes, pois como o próprio nome diz, foram desenvolvidos para ocupar o cão, como é o caso de bolinhas que liberam petiscos conforme o cão vai girando-as de um lado para outro. Garrafas “pet” vazias também são uma ótima opção para entreter o cão.

Com relação ao jardim, temos que ter bom senso, como por exemplo, não plantar flores pequenas e delicadas em locais que sejam passagem, onde o cão iria pisar, sem perceber. Estas devem ser plantadas nos cantos ou em floreiras. Colocar telas ao redor de árvores pequenas ou de algum local que você tenha plantado algo que precise de proteção. Dê preferência a vasos altos ou pendurados nas paredes.

Uma dica, que diminui bastante essa tendência do cão de cavar, é enterrar cocô nos buracos que o cão fizer e por mais esquisito que isso possa parecer, ele desistirá desta prática após algumas tentativas.